quarta-feira, julho 15, 2009

La noble arte de no hacer nada

Com uma vontade de postar algo aqui, mas sem nada pra escrever, e sem idéias na cabeça, resolvi postar sobre o meu dia.

Diferentemente do título ("A nobre arte de não fazer nada"), eu fiz dezenas de coisas no meu dia, e aqui eu postarei as mais memoráveis.

Acordando de 10h40. Pegando "busão" pra a Imbiribeira para então dar o castigo na juba. Tinha marcado com a cabelereira no dia anterior, de manhã (se isso fosse um filme, iríamos para um flashback do meu telefonema à casa da cabelereira que é anexada ao salão, às 22h30, acordando ela). Chego lá, a mulher ia fazer uma "escova" numa cliente e não podia me atender. Tá bom que eu devo ter chegado 1h, 1h30 depois, mas pô. Só podia ser vingança.
Tinha que correr para um evento no shopping. Vou pra outro cabelereiro, dou o castigo no devedor, que por sinal depois noto que ficou precisando de uns retoques (ELE TIROU MINHA FRANJA, VÉI. VOU MATÁ-LO).
Corro pra pegar o ônibus, casa, banho, shopping.
Saraiva do Shopping Recife.
Missão: Suporte à equipe do CineFlash no evento de Harry Potter.

Eu gostaria de ficar claro que eu não sou gay, simpatizante, nem essas porra toda. Mas eu gosto de Harry Potter.
Brincadeira.
Foi o evento que tomou grande parte do meu diae foi lá que começou meu bom humor. Corro pra chegar, chego, troco de camisa e vou distribuir panfletos.
"Boa tarde, senhor *entregando um panfleto do patrocinador*. O CineFlash tá realizando um evento de Harry Potter ali no Espaço Manuel Bandeira, ok? Boa tarde"
Eu não li o sexto e ainda não vi o filme. Fuck. Quero ver Dumbledore morrer. Assim posso dizer "RÁÁ EU VI O VELHO MORRER E NEM CHOREI LOOOOL".

Eu tinha esquecido. Eu juro que eu tinha esquecido. Aí eu lembro.
- EITA! Quando é que vai ser o concurso de cosplay? (cosplay = "fantasia")
- Vai ser agora.
- QUÊ?
- É, agora. Vamo, tu é do júri artístico, né?
Júri artístico. Eu imagino o que poderia ser. A combinação de cores na fantasia? Não, os personagens têm cores definidas nas roupas deles nos filmes. Se o cabelo dela tá bem preso? Ná. A bota, sapato igual? Não, isso é pro júria técnico.
Então que fucking fuck o júri artístico julga?
4 candidatos, 2 não chegaram. 1 Luna Lovegood, outra Hermione.
A "Luna" estava impecável, praticamente igual. Cabelo, roupas, sapato, até o óculos, igualzinho.
Hermione Granger - a menina não tinha cabelo parecido, rosto parecido, sapatos parecidos. AS vestes, tavam ok.
As duas desfilam e fazem interpretações curtas de 10-15 segundos das personagens. Enquanto isso, eu nervoso, na frente de todo mundo, com aquele cabelo curto feio escondido pelo chapéu, pensando nas notas.
Começa. Sou o terceiro. Luna.
- Muito bom, performance ótima, gostei, vai 9,5.
Um jurado do meu lado:
- Não pode dar nota quebrada. Tem que ser redonda.
Eu diria "Redonda? Então mandaê um NOVE PONTO CINCO ZERO". Presumidamente eu teria de dar um nove.
- É? Então 10 mesmo.
Hermione, minha vez.
- Olha, a performance foi ótima, eu vou te dar 8 - quando estou nervoso, estou mais propenso a falar merda, mas eu tava bem. Até agora - mas assim, não sou do júri técnico, mas eu acho que você deveria ter dado uma caprichada maior na fantasia. Assim, eu acho que você se esforçou ao máximo. Ou não...
Eu estaria mentindo se dissesse que vi a expressão da menina mudar pra um tipo "Ehr... Ahn?", mas com certeza foi o que aconteceu com todo mundo aquela hora. O melhor foi o final.
- Mas eu com certeza não iria tão longe quanto você, é a vida.
Eu juro, juro que não ouvi eu falando esse "é a vida". Estaria eu sendo controlado por algum vodú ou magia potteriana? Ainda bem que eu tenho cara e jeito de drogado/bêbado, pelo menos uma desculpa. Ou então eu "tava com sono".

Fora o reporter super-irreverente do CineFlash (não foi sarcasmo). Rodrigo Marques, o eterno sem-noção, perguntava às meninas o que elas achavam do fato de "Hermione estar mais gostosa" e se elas "pegariam na varinha de Harry". É claro que de brincadeira.

Ah. Tô com sono. Depois eu posto mais coisa.

segunda-feira, julho 13, 2009

Atendentes de pizzaria e clientes indecisos #3

Para quem não viu a primeira e a segunda parte da trilogia da lendária aventura telefônica do nosso atendente de paciência odisséica, engulam os links:

Atendentes de pizzaria e clientes indecisos #1
Atendentes de pizzaria e clientes indecisos #2

Por fim, a última parte da saga da aventura.



- Ufa!

A esta hora o cara deve estar do outro lado da linha, rolando no chão de tanto rir da minha cara, ou se ele for um nerd, geek, ou antenado com os crescentes memes cibernéticos, ele deve estar ROFL.

Feliz por ter acabado o sofrimento com o cliente de inteligência duvidosa, já posso voltar a trabalhar tranqüilamente, computar pedidos, fechar mesas e atenter telefonemas... Falando em telefonemas, o telefone tá tocando.
- Lenhador, boa noite.
- Alôédolenhador;;
// A voz. Não... Era ele.
- L-Lenhador, boa noite.
- Moço eu acabei de pedir uma pizza teria como o senhor cancelar
- Qual foi a pizza?
- A de queijo e a de galinha
- A com o cartão?
- É é é
- Ok.
- Tátchau
Tu Tu Tu Tu...

FIM.

sábado, julho 11, 2009

Sobre fones de ouvido e falar sozinho

Como usuário de fones de ouvido veterano, posso afirmar com seguraça que estes negocinhos trazem um perigo p'ra nós.
Além de f*der com a sua audição, se usados erroneamente, os fones de ouvido podem te isolar do mundo social e te dar fama de doido.

Quem tem mania de batucar o pé enquanto ouve música sabe do que eu tô falando. O cara que curte ouvir uma música mais pesada e mais agitada tem o instinto de bater o pé no ritmo da música. Bater o pé é o que há. Mentira, bater o pé é a maior idiotice. Você tá lá, tentando acompanhar a bateria com seu pé, e o pessoal te olha daquele jeito que só os batedores de pé conhecem. É uma maneira alternativa de virar baterista, percussionista ou o que quer que seja. Você pode virar batucador de mesinha com os dedos, com as mãos, ou no fim de carreira, quando você estiver já passando fome, virar batedor de pé no ritmo da música. "Olha como eu acompanho a bateria com meu pé!"
Juro, nem é tão ruim bater o pé ouvindo rock quanto bater o pé ou mexer a perna ouvindo... Música eletrônica.
Eu já fiquei com fama de doido num ônibus por mexer frenéticamente a minha perna enquanto ouvia meu mp3, ou então acharam que eu tinha algum tique nervoso, sei lá. Mas a culpa não era minha! Era do maldito cover de No Love Lost do LCD Soundsystem, pô! (LCD Soundsystem não é eletrônica, vide dancepunk)
Existem ainda os que dançam e cantam (seja alto ou baixo) enquanto ouvem música alta no fone de ouvido. O perigo disso é fazê-lo com os olhos fechados... Experimenta, p'cê ver.

Ah, já ia me esquecendo da parte de "falar sozinho" do post. E tem a ver com fones de ouvido. Vamos lá.

Você tá andando pelo shopping (já repararam que eu falo tanto em shopping? Já repararam que eu falo tão pouco em fazer compras no shopping? Duas coisas tão próximas... Não pelo menos de mim) e vê um cara todo na beca, de terno e pasta de couro olhando as vitrines, as pessoas, sorrindo e falando:
- Não, Mauro, não não não não. É o seguinte, a Imobilis tá entrando com um lucro de 6% em relação ao ano passado, tá Entendendo? O problema é que os investidores tão... Éé, é *balançando o rolex*, aí o que eu tô dizendo é que... Hahahaha...

Aí o cara vira e você vê que ele tá com um fone bluetooth, ou como a Sônia do "Fala Sônia" do YouTube diria, "bulutulufi". (Eu já confundi e chamei Blueberry e Blacktooth ao invés de Blackberry e bluetooth).
Ainda tem os que não têm tanto dinheiro e usam o fone que vem com o Nokia mermo. O bendito tem um fone só, ou dois, e um objeto simétrico não indentificável no meio do cabo.
Parecem aqueles fones de agentes da CIA ou do FBI nos filmes americanos. A única diferença é que os agentes usam sobretudos e levantam as golas super-discretamente na hora de falar no fone.

Pior que isso, só escrever em blog.

Sobre ex-namoradas, ex-mulheres e afins

Não que eu tenha sido influenciado por acontecimentos passados, é que certo dia estava eu pensando com meus botões e resolvi postar algo sobre o assunto. Juro.

Eu fico imaginando o que acontece na cabeça d'um cara quando ele vê aquela ex-namorada, anos depois, casada. A bendita tá com uns quilos a mais e a bendita jovialidade e beleza que antes eram suas características sobressalientes, já não são tão sobressalientes.
- Putz, imagina se eu tivesse me casado com ela...
Ou então aquela ex-mulher que o cara se divorciou há pelo menos 5, 10 anos e hoje está... Digamos... Não está tão cuidada quanto ele mesmo cuidou.
- Putz, imagina se eu tivesse continuado com ela...

Infelizes são, porém, os que têm a surpresa contrária.
A sua ex-namorada, antes bonita, agora casada, está um pedaço de mal caminho.
- PUUUTZZZ!! Imagina se eu tivesse me casado com ela!!!
Pior então, seria com a ex-mulher, que se já era sua mulher, já estava acostumada com certos maus-hábitos, como o de você pôr copos molhados em cima do móvel de madeira, ter preguiça em lavar a louça ou como certa gente, coisas piores (Antes que eu esqueça, um abraço pro meu amigo Fábio). Ou então aquele cara super-estranho que ninguém nunca o imaginaria casado (Abraço pro Ricardo).
- PUUUTZZZ!! Imagina se eu tivesse continuado com ela!!!