sábado, setembro 05, 2009

O drama de um resfriado I

Acordo repentinamente de manhã. Quase que instantaneamente, minha mãe abre a porta do quarto dela para me acordar.
- Não dá, mãe. A garganta piorou. Nariz entupido...
Ela já havia entendido - no dia anterior eu tinha dito à ela que minha garganta tava ruim, mas tinha ido pra' aula (coincidentemente antes d'eu ir pro colégio, mas esse foi o responsável pela minha piora, até porque as salas têm ar condicionado).
Hoje foi diferente, não era só a garganta doendo. Era a garganta doendo, o nariz entupido, o corpo febril e a porra loca toda.
Ainda bem, porque hoje eu não tava mesmo afim de ir pro colégio.

Depois de passar a manhã no computador esperando que alguém me levasse ao hospital, finalmente vou. Chego lá, apresento minha carteira do plano de saúde à atendente e fico esperando sentado. De repente sou chamado novamente, e na recepção surge na minha frente o que eu diria ser o primeiro médico aparentemente gay que eu já vi na minha vida.
Não que ele estivesse usando um jaleco rosa ou algo do tipo, mas era um gay daqueles, do tipo que você detecta só de olhar para a cara dele.
Quer dizer, eu não tinha certeza se ele era, e o único 1 segundo que eu olhei para ele não foi suficiente para que meu cérebro trabalhasse na hipótese dele ser gay. Apesar disso, depois deste 1 segundo passado, ele falou algo que revelou a opção sexual dele antes mesmo d'eu imaginar. Ele olhou pra mim e disse:

- Chiclete.
"Boiola".

Brincadeira, não foi isso o que ele me disse. Ele olhou pra mim e disse:
- Tá gripado?
Eu disse:
- Dor de garganta há alguns dias, nariz entupido também.
- Catarro?
- Aham.
Ele olhou pra mim ao mesmo tempo em que pegava algo, com uma cara de como se eu fosse correr dali e sair espirrando em todo mundo quando ele bobeasse e tirasse a vista de cima de mim.
Me deu uma máscara, a pus e fiquei rindo discretamente pra mim mesmo sobre a possibilidade d'eu estar com gripe suína. Oinc.

Nenhum comentário: