quinta-feira, setembro 16, 2010

Sobre Coisas Velhas

De vez em quando eu reviro umas coisas velhas do baú e chego a gostar tanto daquela coisa que chego a fanatizá-la como se fosse uma coisa cult. Também não é pra menos, é das coisas velhas que se gosta mais. E não é verdade não? Olha só prá sua mãe: ela tá velha, mas é sua mãe. (E ainda dá um bom caldo...)

Pois bem, esqueçamos sua mãe e voltemos às outras coisas velhas. Nesses dias eu voltei a ouvir Gabry Ponte. Se você não gosta de Gabry Ponte, caro leitor fiel, como diria Machado de Assis (E como diria Lula sobre Machado de Assis: "Foi um crioulo muito do besta mas que escrevia bem pra caralho"): Pule para o capítulo tal. Como essa joça não tem capítulo, simplesmente faça o que der na telha, o que lhe achar conveniente.

Gabry Ponte é um DJ italiano que tem a cara do Felipe Neto, coitadinho. Mas ele faz músicas boas à beça. Chuchu beleza. Não que ele seja velho. É que as melhores músicas dele são velhas. Relativamente. SIM, uma música de 5 anos é velha. Não enche o saco, menina.


É bom que, como as músicas são velhas, o LP fica mais barato. "LP"? Eu disse "LP"?? Desculpe, eu quis dizer "fita cassete". Tá, ok, eu sei que foi um caminho forçado, mas eu queria era chegar ao CD. Aproveitando que eu comprei um ontem, eu lembrei que CDs velhos custam mais barato (nããããããoo me diiiga...) mas quem hoje iria querer comprar um? A mídia pops do momentis é o mp3.

Bem, caro leitor, se agora você se preparou para levantar da cadeira para me procurar e dar um shoryuken duzinferno pra afirmar que você compra CD em vez de baixar mp3, é porque você não é brasileiro. Opa, me desculpe, você é brasileiro, mas é brasileiro enricado. E brasileiro enricado é uma outra nacionalidade. É diferente. Porque você sabe, se um brasileiro pode pagar pra ter algo, ele não paga.

Pois bem, foi o que eu senti ontem ao comprar meu "This is Happening" do LCD Soundsystem na Saraiva. Eu tava convicto de que compraria o CD e ficaria bem feliz. Bem, eu preferiria ter comprado outro livro de Lula Vieira. A começar pela capa, não sendo de plástico, e sim de papel - sim, você não é o único que tem receio de comprar cds com capas de papel e descobrir que elas não têm nenhum atrativo contrabalanceador. A única coisa de bom que eu ganhei foi o encarte das letras, que agora eu posso decorar sem precisar ler as errôneas da internet. DFA Records, vocês me devem uma.

Outra prova de que coisas velhas não são ruins é o grande steampunk. O steampunk é uma, digamos assim, moda (além de subgênero literário) muito da metida a docaralho, mas que tem razão mesmo, porque é docaralho. Na verdade é que eu sou muito mais ligado ao teor estético, mas você pode conhecer o gênero pelo artigo da Wikipédia (clicando aqui) e ver um belíssimo computador à la steampunk; ou se preferir, googlear por imagens mesmo e ver mais obras dessa genialidade artística.

Preciso ir. TCHAU!

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